Oitenta e seis entidades entregaram à Casa Civil uma carta que pede a paralisação de todos os processos de licenciamento de variedades de milho geneticamente modificado. As organizações, que representam ambientalistas, pequenos produtores e consumidores, explicam que é preciso também suspender a permissão para plantar o grão transgênico porque lavouras de milho convencional estão sendo contaminadas. Nesta safra, o Brasil fez a primeira colheita do milho geneticamente modificado, que chegou aproximadamente três milhões de toneladas. De acordo com o Greenpeace, é obrigação do governo federal fiscalizar quem planta, para garantir ao consumidor a origem do produto.
? Quem quer plantar o grão puro não tem que ter imposto o impuro na lavoura ? afirma o assessor de políticas públicas do Greenpeace, Nilo D’Avila.
Desde que o governo publicou uma normativa com as regras de convivência entre as lavouras de milho transgênico e convencional, o assunto vem gerando polêmica entre ambientalistas e grandes agricultores, que defendem o cultivo de grãos geneticamente modificados.
Em resposta ao alerta sobre o risco de contaminação, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) coletou 35 mil assinaturas de agricultores do Paraná, maior produtor de milho do país. Os produtores defendem a manutenção das plantações do grão transgênico.