Em termos mundiais, os estoques do cereal estão baixos. Na safra passada, o volume armazenado chegou a 197 milhões de toneladas, enquanto que a perspectiva para esta temporada é de pouco mais de 185 milhões.
Nos últimos anos, a área plantada da cultura no Brasil vem diminuindo, reflexo dos preços ruins e da dificuldade de comercialização. Na próxima safra, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que os produtores nacionais devam cultivar uma área cerca de 16% menor em comparação com a safra deste ano. Para os pesquisadores, a mudança se deve a uma série de fatores, dentre eles o milho, que vem conquistando espaço por conta dos bons preços.
De acordo com o presidente do Moinho Pacífico, de São Paulo, Lawrence Pih, o preço pago ao produtor é bom, mas o mesmo não ocorre quando a indústria vai comprar o produto no campo, uma vez que os valores para venda são bastante altos.
Para Pih, o cenário pode mudar por conta dos leilões de trigo que vem sendo realizados pela Conab desde o começo do ano. Com o objetivo de esvaziar os estoques, o produto é vendido pela Companhia a R$ 150,00 abaixo do valor atual de mercado.