De acordo com Gilberto Bortolini, engenheiro agrônomo da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), há uma estimativa entre 23% e 25% de diminuição da área, com alguns municípios diminuindo em até 50% a área destinada a essa cultura.
– Com o preço que temos hoje é muito baixo para fazermos uma lavoura, saímos de um custo de produção muito alto, passando de 40 sacas por hectare. Com a perspectiva de aumento de chuvas, principalmente na época mais crítica do trigo, o produtor dá uma pensada e acaba retraindo essa área de plantio.
Segundo Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) falta um incentivo epeciliazado para o trigo por parte do governo.
–O governo tardou muito para fazer uma política agrícola, não tem programa de garantia de preço mínimo, não tem mecanismo de comercialização, isso aliado a frustração do ano passado e a expectativa do El Niño, de muita chuva para o Rio Grande do Sul no outono assustou um pouco e o produtor reduziu a área.