A medida aumenta a inspeção de mercadorias “de procedência duvidosa” para que “não existam trâmites que busquem ocultar sua origem”, explicou a diretora da Alfândega, Silvina Tirabassi.
? Nos últimos três meses detectamos trâmites fraudulentos no valor de US$ 15 milhões, especialmente no setor têxtil e de motos ? frisou Tirabassi durante um seminário empresarial.
Tanto o governo como a União Industrial Argentina e a Confederação Geral do Trabalho, o maior sindicato do país, promovem o protecionismo perante uma “invasão” de produtos importados.
O temor é de que uma recessão econômica nos países desenvolvidos provoque um desvio do comércio da China e que uma queda do crescimento do Brasil acentue suas vendas à Argentina em momentos em que se calcula que o comércio bilateral fechará com forte déficit para o país da presidente Cristina Kirchner.
Os produtos da China e outros países asiáticos lideram as denúncias de empresas argentinas por dumping (comércio desleal).
O secretário da Indústria argentino, Fernando Fraguío, havia confirmado na terça, dia 14, que amplia a proteção às empresas locais com medidas com que a Argentina prevê pactuar com Brasil, Paraguai e Uruguai, seus parceiros nos Mercados Comum do Sul (Mercosul).
O Brasil já se pronunciou ser contra aumentar a tarifa externa comum do bloco e aplicar outras medidas protecionistas.