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BNDES e BB competirão por repasse de recursos do programa Agricultura de Baixo Carbono

Programa foi lançado no Plano Safra passado, mas não decolouO Banco do Brasil (BB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão passar a concorrer pelo repasse de recursos do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) a partir do Plano Safra 2011/2012.

Outra novidade é que, a partir de 1º de julho, a taxa de financiamento para o produtor que se encaixar no programa passará a ser de 5,5% ao ano. Até agora, os juros cobrados variavam de 5,75% ao ano a 6,75% ao ano. O programa ABC foi lançado no Plano Safra passado, mas não decolou.

? Vamos ter uma ação forte de governo para divulgar a linha, pois a sustentabilidade é carro chefe para os dois ministérios ? disse o secretário adjunto de política econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, referindo-se também ao Ministério da Agricultura.

Segundo o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, haverá “pequenos ajustes” na concepção do programa ABC, que serão detalhados na divulgação do Plano Safra, em meados do próximo mês.

De acordo com Bittencourt, a soma dos votos do BNDES no Sistema do Banco Central (Sisbacen), divulgados esta terça, dia 31, revelará que o valor total dos recursos disponíveis será menor do que o do ano passado.

? Em 2010, R$ 10,5 bilhões foram alocados no BNDES e este ano aparecerão apenas R$ 9 bilhões ? disse o secretário.

O restante dos recursos, porém, será visto em uma portaria a ser publicada em breve e que destina o dinheiro diretamente para o BB, o que não acontecia antes. O valor de R$ 1,5 bilhão será distribuído para os principais programas de apoio à agricultura, com forte ênfase ao ABC, conforme Bittencourt.

? Vamos tentar agilizar o repasse. Com isso, elimina-se um ator desse processo e cria-se uma certa concorrência entre dois entes para o mesmo programa ? falou.

Em seguida, no entanto, Vaz minimizou uma disputa entre as instituições financeiras, dizendo que os papeis delas são complementares. Os dois secretários afirmaram que o BNDES não é um gargalo para o repasse dos recursos.

? Ao contrário, o BNDES é a solução. Este ano, na tentativa de dar mais fluidez, vamos apenas equalizar R$ 1,5 bilhão em recursos diretamente para o Banco do Brasil ? acrescentou Bittencourt.

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