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BRF prepara uma nova proposta para apresentar ao Cade

Empresa deve propor venda de ativos que representam 20% do seu faturamentoO Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adiou nessa quarta, dia 15, por pelo menos 15 dias, o julgamento da fusão de Sadia e Perdigão, que deu origem à BRF - Brasil Foods. A empresa já começou a preparar uma nova proposta de acordo para o órgão, que deve ser entregue no início da próxima semana. O objetivo é convencer os conselheiros de que o negócio não prejudicará consumidores e a concorrência.

Na quarta, dia 8, o relator do caso, conselheiro Carlos Ragazzo, reprovou a fusão em um dos votos mais duros da história do Cade. Desde que ficou evidente a resistência do Cade à fusão, a empresa já perdeu R$ 6,3 bilhões de valor de mercado.

Segundo fontes próximas às negociações, a BRF prepara uma nova proposta de acordo ao Cade, que prevê a venda de fábricas, canais de distribuição e marcas, que pode representar cerca 20% de seu faturamento. A empresa estaria disposta a colocar na mesa as marcas Batavo e Confiança, além de Wilson, Excelsior e Rezende, que já estavam na oferta anterior.

A proposta é um avanço em relação à que foi rejeitada pelo Cade na semana passada, antes do voto do relator. Naquela oferta, estava previsto apenas o arrendamento de fábricas e o compartilhamento de canais de distribuição. O conselheiro Ricardo Ruiz, que pediu vistas do processo, chegou a chamar a proposta de “institucionalização do cartel”.

No entanto, ainda está muito longe de ser algo palatável para o Cade. A oferta da BRF se aproxima agora de um dos “remédios” propostos pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, que foi considerado insuficiente pela procuradoria do Cade e pelo relator.

Os conselheiros do Cade só tendem a aceitar um acordo que inclua as marcas Sadia ou Perdigão. A BRF não quer abrir mãos das marcas líderes, mas já aceita discutir a possibilidade, até para tentar convencer que não seria necessário. Fontes próximas ao processo disseram que, apesar do adiamento do julgamento, as negociações estão difíceis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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