A Câmara Setorial de Cereais de Inverno do Paraná pedirá ao Ministério da Agricultura aumento do preço mínimo pago ao produtor de trigo, financiamento para construção de estruturas de armazenamento e regionalização do plantio.
Em nota, a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) informou que a câmara, em reunião no último dia 28, avaliou mais de 40 propostas para estimular o plantio do trigo no Estado e gerar mais competitividade para a cultura, que vem perdendo área para o milho.
“Entre as propostas está criação de um plano bianual para os cereais de inverno, por parte do governo federal, que ajudará o agricultor no planejamento da lavoura”, disse o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Francisco Carlos Simioni.
O presidente da câmara setorial paranaense, Carlos Arnts Filho, disse, na mesma nota, ser fundamental a regionalização do plantio do trigo “para atender melhor às necessidades da indústria, devido às especificidades no uso do grão”. Outra dificuldade enfrentada pelos agricultores é a falta de armazéns nas regiões produtoras. Segundo a Ocepar, participaram da reunião na semana passada representantes do Sindtrigo, Apasem, Emater, Seab, Faep, Ocepar, Tecpar.
No Paraná, a produção em 2016 foi estimada em 3,27 milhões de toneladas e 30% já foram comercializados, segundo a Ocepar. Conforme o engenheiro agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho, a produtividade das lavouras neste ano está em torno de 2.900 a 3.000 quilos por hectare, 23% acima da média do ano passado, que foi 2.500 quilos por hectare. “A única preocupação no momento é com as últimas chuvas, que podem prejudicar a qualidade dos grãos, pois a colheita vai até dezembro”, comentou.