? No Congresso Nacional, nos acordos políticos, não existe papel, existe palavra. E nós confiamos que o presidente da Câmara vai cumprir sua palavra, mesmo porque hoje ele é o vice-presidente eleito do Brasil ? disse a senadora.
Em seu discurso, Kátia Abreu também enfatizou a questão do meio ambiente. Ela questionou a obrigatoriedade de preservar áreas de reserva legal em regiões produtivas. Para a senadora, áreas em abundância no país, como os parques nacionais, já cumpririam o papel de preservação.
Sobre o novo Código Florestal, proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB), Kátia Abreu informou que o presidente da Câmara, Michel Temer, garantiu aos ruralistas que seria votado ainda este ano.
A presidente da CNA chegou a convocar os produtores rurais para estarem presentes na Câmara Federal no dia em que a proposta for votada. Ela argumentou que a presença dos produtores é importante para convencer os parlamentares de que “eles não querem destruir o meio ambiente”.
Não vendo como ameaça o fato de uma nova proposta vinda do Ministério do Ambiente ser apresentada, Kátia Abreu disse que é preciso vencer alguns preconceitos da sociedade que trata o produtor rural como desmatador e que a questão ambiental é conduzida por “componentes ideológicos fundamentalistas”. Para ela, o silêncio dos produtores rurais fez com que os ambientalistas ganhassem espaço junto à opinião pública, ganhando força e transformando-os em “monstros”.
A senadora, que admite que o relatório sobre o Código Florestal não é o ideal para o setor, disse que conta com o apoio da presidente eleita Dilma Rousseff para a aprovação da legislação. Ela comenta que, quando ministra da Casa Civil, a petista sentiu na pele o exagero da burocracia e do debate ideológico.
? Ela sofreu isso na pele com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e com as usinas que deixaram de ser construídas. Tenho certeza que fará o necessário para o país: atualizar o Código Florestal e regularizar o produto de maior importância para a economia nacional ? afirmou.
Kátia Abreu também anunciou que a CNA vai lançar em 2011 o Selo do Alimento Saudável. A ideia é certificar os produtos brasileiros quanto à sanidade e questões trabalhistas e ambientais, na tentativa de aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro no Exterior.
Mariane De Luca (Canal Rural) e Agência Estado