A CNA não poupou críticas aos cientistas que desqualificaram a matéria em análise na Câmara. A presidente da instituição, senadora Kátia Abreu (DEM-TO) lamentou o fato de o setor rural não ter sido convidado para o debate promovido na terça-feira pela bancada ambientalista.
? Nós poderíamos ter ido lá e levar a nossa argumentação e também levado a proposta de levar outros cientistas que pensam diferente. Agora, o debate único está muito fácil ? disse Kátia.
No site, a Confederação busca esclarecer os principais pontos da proposta, já aprovada em uma comissão especial. Presentes no lançamento, os presidentes de sindicatos rurais da região norte saíram em defesa do projeto do deputado Aldo Rebelo.
? Hoje não se discute mais em ampliar o desmatamento. O que se discute hoje é você tornar a coisa racional para produzir de maneira racional dentro de uma realidade que o Brasil está vivendo hoje ? disse o presidente do Sindicato Rural de Nova Marmoré (RO), Emerson Lira.
? Nós como produtores rurais esperamos que isso seja aprovado porque nós precisamos trabalhar dentro da legalidade. Nós estamos impedidos de trabalhar na nossa atividade por essas questões ambientais ? completou o presidente do Sindicato Rural de Vilhena (RO), Evandro Padovani.
Uma coisa é certa. O assunto polêmico está longe de um consenso até mesmo entre o governo. Apesar de o Ministério do Meio Ambiente já ter pronto um Projeto Substitutivo, a proposta ainda não foi divulgada pela ministra Izabella Teixeira e a presidente da CNA acredita que a posição do Ministério não será abraçada pelo Palácio do Planalto.
? A informação que eu tenho é que não existe esse substitutivo, que o projeto a ser votado será o de Aldo Rebelo com negociações ou não, mas o foco principal, o ponto a ser avaliado é os seu projeto. Eu não acredito que o governo federal fará isso com um ex-presidente da Casa que é uma figura da maior importância e relevância para o país ? defendeu a presidente da CNA.