Assim que foi criado, o Conselho Consultivo da Ferrugem Alaranjada já iniciou os trabalhos nesta reunião na sede do Ministério da Agricultura em São Paulo. O grupo é formado por oito especialistas do próprio Ministério, Centro de Tecnologia Canavieira, Instituto Biológico, empresas do setor e outras entidades.
Entre as tarefas do conselho, estão: treinar pessoas para identificar a doença nos canaviais, informar as variedades que registraram a ferrugem e disponibilizar até a próxima semana, no site do Ministério, um mapeamento climático que mostre quais regiões estão mais suscetíveis.
Outra ação é a coleta de amostras de cana com suspeita da doença. Depois de coletado, o material deve ser enviado para análise, em até três dias, ao Instituto Biológico em São Paulo. As empresas que desenvolvem variedades de cana também têm responsabilidades: elas vão ter que informar o Ministério sobre os estudos de resistência à ferrugem alaranjada.
Apesar de a doença só ter sido confirmada em São Paulo, as informações reunidas pelo conselho vão ser repassadas para responsáveis em diversos Estados. O Secretário Substituto de Defesa Agropecuária, Odilson Ribeiro, veio de Brasília para participar do encontro. Ele disse que uma das preocupações do Ministério é com a região Nordeste do país.
Além de criar o Conselho, o Ministério da Agricultura fez outro anúncio importante para o setor. Eles informaram que até fevereiro deve ser liberado o registro de um fungicida que vai auxiliar no combate à doença nos canaviais.
Para o coordenador de pesquisa tecnológica do CTC/Unica, que faz parte da comissão, o fungicida vai ser importante no controle da doença, já que atualmente a única forma de prevenção é o uso de variedades resistentes.
Além de Araraquara, primeiro município que registrou a doença, a ferrugem alaranjada também foi confirmada em Ibaté, Rincão, Guariba, Araras, Conchal, Altinópolis, Cajuru, Luis Antônio, Ribeirão Preto e Sertãozinho.