A empresa atribuiu o lucro ao faturamento recorde no trimestre, à atuação verticalizada adotada e ao fato do setor de combustíveis passar a ser a principal fonte de receita da empresa, responsável pelo faturamento de R$ 1,5 bilhões. O Grupo Cosan é um dos maiores produtores de açúcar e etanol do mundo.
Segundo o vice-presidente e diretor de relações com investidores da companhia, Paulo Diniz, apesar da crise vivida pelo setor, que resultou em carregamento de estoques e queda dos preços, a Cosan atingiu na safra 08/09 recorde de moagem de 44,2 milhões de toneladas de cana, que originaram 1,7 milhões de litros de etanol.
? Por ser uma operação recente, os números da aquisição da Esso ainda não tiveram um resultado significativo neste balanço, mas responderam por 2,7% do nosso faturamento ? afirmou Diniz.
O executivo destacou que, entre janeiro e dezembro de 2008, a receita operacional líquida da Cosan somou R$ 9,9 bilhões. Em relação aos investimentos previstos para este ano, ele disse que devem acompanhar o que foi realizado em 2008 e que serão priorizados os projetos tanto de açúcar e álcool quanto de lubrificantes.
? Temos um alto número de usinas participando do plano de co-geração modulado, que ainda depende de aprovação de um financiamento do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Neste momento, vamos priorizar os investimentos que ofereçam maior taxa de retorno ? destacou o vice-presidente.
No terceiro trimestre de 2009, a Cosan investiu R$ 426,9 milhões em ativos imobilizados, sendo a parcela de R$ 166,3 milhões aplicada no greenfield de Goiás, unidade de Jataí, que deve entrar em produção na próxima safra. Também foram desembolsados R$ 103,5 milhões para os projetos de co-geração em andamento.
Além de divulgar os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre fiscal de 2009, a Cosan anunciou nesta quinta-feira, 12, que firmou acordo com o acionista controlador da Nova América, que vai resultar na associação das atividades de produção de açúcar e álcool, logística e co-geração. Com isso, a Cosan passa a contar com cinco marcas de açúcar – quatro delas, regionais – responsáveis por cerca de 10% de market share, incluindo açúcar cristal e refinado.
? Vamos reposicionar a União como marca nacional e as demais como regionais. Como todas contam com o mesmo sistema de produção, empacotamento e distribuição, teremos um ganho importante em termos de logística ? disse o executivo.
Para a safra 09/10, a Cosan não deve contar ainda com toda a capacidade de produção prevista com a aquisição da Nova América (60 milhões de toneladas de cana). Segundo Diniz, a previsão de moagem é de 56 milhões de toneladas.
? Os resultados mais significativos virão a partir da próxima safra, quando a Esso vai estar totalmente integrada às nossas atividades e o programa de co-geração de energia estará pronto para decolar ? completou Diniz.