? Já existe uma intenção de troca dos grandes lixões por aterros sanitários. Daqui a alguns anos, se continuar nesse ritmo de produção de lixo, vamos ter que carregar nossos próprios resíduos ? destacou Trevizan.
Ele afirma que o Brasil está muito atrás dos países considerados desenvolvidos na questão da coleta de lixo.
? Quanto mais industrializado o país, mais lixo ele vai produzir. A diferença é que em outros países, por exemplo, nos Estados Unidos existe uma cultura, uma preocupação maior na destinação dos resíduos. No Brasil, isso é uma novidade, para eles [EUA] já é mais antigo, é uma questão cultural efetivamente implementada.
Para tentar solucionar os transtornos causados pela produção e destinação inadequadas do lixo, o governo implementou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A lei, regulamentada em dezembro do ano passado, une proteção ambiental à inclusão social, e apresenta inovações como a logística reversa, que determina o recolhimento de embalagens usadas (pilhas, baterias, pneus, eletroeletrônicos) por vendedores, distribuidores e fabricantes.
O descumprimento da lei, segundo Trevizan, pode resultar em multa de até R$ 50 milhões (para empresas) e varia de R$ 50 a R$ 500 (para os consumidores).
? Porém essa não é a intenção da lei, mas sim conscientizar a população dessa situação que se torna cada vez mais caótica ? afirmou ele.