Em entrevista coletiva após o encerramento da reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do Grupo dos Vinte (G20) em São Paulo, Strauss-Kahn destacou que “as coisas não estão tão mal, apesar de alguns mercados estarem congelados e de haver outros problemas, mas os bancos centrais atuaram muito bem”.
? Não vejo que os bancos centrais tenham medo de tomar decisões frente à crise ? acrescentou.
Strauss-Kahn fez referência às medidas adotadas pelas principais economias do mundo, como Estados Unidos, União Européia (UE), Japão e China, entre outros, para fortalecer certos setores produtivos e garantir o crédito.
No entanto, reconheceu que “ainda há grandes riscos que estão relacionados com a falta de capital nos mercados emergentes”.
Segundo o diretor-gerente do FMI, apesar de a crise ter levado os governos a adotar medidas fiscais e monetárias de emergência, não devem se esquecer de manter as metas de inflação, e sugeriu que o uso de “ferramentas de apoio fiscal” deve ser adotado com “cautela”.
? A preocupação hoje é provavelmente mais sobre crescimento que com inflação. Mas isso não significa que não haja preocupação com a inflação ? sustentou, exemplificando com o caso do Brasil.