O tamanho da desaceleração dependerá, na avaliação de Sardenberg, do resultado das medidas tomadas no Exterior, como as dos países europeus, e do anúncio, nesta terça, pelo tesouro norte-americano, de estímulos à liquidez do sistema financeiro. O tesouro dos Estados Unidos liberou US$ 250 bilhões do total dos US$ 700 bilhões previstos no plano do presidente George W Bush.
? Isso traz um pouco mais de otimismo com relação à rapidez da solução da crise ? avalia o economista.
Ele observou ainda que essas ações de capitalização marcam o fim da “fase aguda da crise” e o início de uma “nova fase”. Sardenberg esclareceu que essa nova situação é uma tentativa de se reconstruir no Exterior os mecanismos de crédito.
? É onde, certamente, teremos mais regulação ? afirmou.
Para o economista chefe da Febraban, uma segunda fase de recuperação deve levar entre um a dois anos. Sardenberg informou que nos últimos dias houve uma contração do crédito em todos os países e no Brasil não foi diferente.
? Acho que não vamos voltar ao estágio anterior de forte expansão, de liquidez muito alta, de taxas de juros muito baixas, mas vamos retornar a um estágio intermediário, inferior ao da fartura e abundância ? concluiu.