O plantio na área experimental de Londrina foi feito em duas épocas. A área mais desenvolvida, que já apresenta pequenas vagens, recebeu a aplicação do inseticida químico misturado ao sal de cozinha. A tecnologia, que auxilia principalmente no combate ao percevejo, foi muito utilizada pelos produtores. Em 1980, mais de dois milhões de hectares de soja eram tratados com essa prática no Brasil. Atualmente, a área que recebe sal junto com inseticida está reduzida a 200 mil hectares. A técnica caiu em desuso por uma série de mitos.
Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Adeney de Freitas Bueno, entre os grandes medos dos produtores está a possibilidade do sal atrair os percevejos para a área. O que não é verdade, pois o sal faz com que os percevejos fiquem mais tempo parados. Uma outra grande preocupação para usar o sal de cozinha é a ferrugem causada no equipamento de pulverização. O que é importante é fazer uma boa limpeza do equipamento de aplicação após o uso do sal de cozinha. Se bem lavado, o equipamento não enferrujará.
? O sal de cozinha potencializa a ação do inseticida porque os percevejos ficam mais tempo nas folhas salgadas e, assim, mais tempo também em contato com o inseticida. Por essa razão, o sal permite reduzir em até a metade a dosagem do produto químico ? ressalta Bueno.
Na área mais jovem, ainda no período vegetativo, é grande a preocupação com o ataque de lagartas. O baculovirus é um inseticida biológico produzido a partir da própria lagarta infectada e ainda ajuda a controlar a infestação de outros tipos de lagartas, assegura o pesquisador.