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Empresas negam participação em suposto cartel de trigo

Bunge, J. Macêdo e M. Dias Branco, envolvidas em processo para investigar manipulação de preço de farinha no Norte e Nordeste, informam que atuam de forma legal no mercdo

Fonte: Pixabay

As empresas Bunge, J. Macêdo e M. Dias Branco, que estão entre as envolvidas em processo administrativo instaurado na segunda-feira, dia 25, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar possível prática de cartel na produção e distribuição de farinha de trigo no Norte e Nordeste, divulgaram posicionamentos em relação ao caso. As duas companhias dizem que atuam dentro da lei e que prestarão os esclarecimentos necessários.

A Bunge informou, por meio de sua assessoria de imprensa, “que sempre conduziu e conduz suas atividades dentro do mais estrito respeito e observância à legislação vigente no país”. A empresa declarou ainda, em nota, que não foi formalmente notificada pelo Cade e que “está à disposição das autoridades para fornecer informações e esclarecimentos pertinentes a este processo administrativo”. 

Já a J. Macêdo comunicou que “atua segundo padrão ético e de governança corporativa”. A empresa informou respeitar “os limites estabelecidos pelas normas legais e de regulação concorrencial em todos os mercados nos quais suas marcas estão presentes”. Acrescentou que prestará todos os esclarecimentos solicitados pelo Cade “no momento oportuno”.

A M. Dias Branco comunicou ao mercado que “não recebeu notificação inicial” do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre o processo administrativo instaurado pelo órgão na segunda-feira, 25, para investigar possível prática de cartel na produção e distribuição de farinha de trigo no Norte e Nordeste.

Ainda segundo nota da M. Dias Branco, o processo administrativo “teria como base inquérito administrativo sobre o qual, inclusive, a companhia já se manifestou em comunicado ao mercado datado de 17/4/13”. A empresa afirmou também que, “em sendo notificada, vai apresentar a sua defesa”, e reiterou seu “compromisso com as leis e instituições brasileiras”.

Procurado pela reportagem, um funcionário da área administrativa da Grande Moinho Cearense S.A. disse que a empresa não conta com assessoria de imprensa e que seus diretores estão viajando e só retornarão à companhia na próxima semana.    

As empresas Moinho Dias Branco S.A. Ind. e Com. de Alimentos, Grande Moinho Cearense S.A., Moinho Cruzeiro do Sul S.A., Moinhos de Trigo Indígena S.A. (Motrisa) e Ocrim S.A. Produtos Alimentícios, que também integram a lista de investigadas pelo Cade, foram procuradas pela reportagem, mas ainda não retornaram. 

No caso da distribuidora Estrelão Trigo & Pão Comércio Ltda., assim como da Cooperativa dos Panificadores do Rio Grande do Norte, Natal Trigo Comércio e Representações Ltda., Oestetrigo Distribuição e Representação de Alimentos Ltda., CG Representações de Produtos Alimentícios Ltda e da Associação dos Moinhos de Trigo do Norte e Nordeste do Brasil, não foi possível fazer contato por falta de dados sobre as entidades.  

Além da lista de empresas, o Cade investiga também 53 pessoas físicas. De acordo com comunicado do órgão divulgado na segunda-feira, “há evidências de que os acusados tenham se organizado com o objetivo de limitar a concorrência por meio da fixação do preço de produção da farinha de trigo e também dos preços de revenda do produto pelas distribuidoras ao consumidor final (indústrias, panificadoras, etc.)”. 

O Cade relatou ainda que foi verificada imposição de dificuldades ou punições para as distribuidoras que não seguiam os valores estipulados. 

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