A menor oferta de trigo de qualidade dá sustentação aos preços do cereal no mercado de lotes, diz o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. No acumulado do mês até a terça-feira, 27, as cotações subiram 1,5% em São Paulo, 3,9% no Paraná e 4,7% no Rio Grande do Sul. No mercado de balcão, a alta é de 5,9% no Rio Grande do Sul e de 4,9% no Paraná.
“Isso ocorre porque a disponibilidade de trigo para uso alimentício, de melhor qualidade, é considerada pequena. Boa parte tem sido prejudicada pelas chuvas que atingem a região Sul do país nesta fase de colheita e também nas anteriores, de desenvolvimento das lavouras”, destaca o Cepea.
Ainda conforme o centro de estudos, produtores que têm em mãos trigo de boa qualidade seguem retraídos, respaldados também na maior paridade de importação. “Apesar de a moagem estar abaixo do esperado para o período, algumas empresas se mantêm interessadas em adquirir o trigo no curto prazo.
Têm chamado a atenção ainda as negociações relativamente intensas entre empresas do Nordeste com vendedores do Sul, o que também ajuda a sustentar os valores.”