Estiagem se agrava no Sul do país e prejudica ainda mais as lavouras

Níveis de barragens na região decrescem a cada dia, ampliando racionamento e perdas no campoEm estado de emergência há mais de três meses, municípios do Rio Grande do Sul buscam recursos para contornar a situação que está afetando lavouras locais pela falta de abastecimento de água. Em encontro com o Ministério da Integração Nacional, o prefeito de Candiota (RS), um dos mais atingidos pela seca, Luiz Carlos Folador, pretende conseguir R$ 1,8 milhão para a construção de uma rede adutora com cerca de 11 quilômetros que levaria a água da área urbana à rural. Com a obra, 200 famílias seria

? O prejuízo nas lavouras não para de aumentar, mas nosso principal problema ainda reside no abastecimento à população no interior ? relata.

Em Bagé (RS), o nível de três barragens diminui a cada dia, a ponto de o Departamento de Água e Esgotos do município (Daeb) cogitar o uso da água do reservatório Pedreira, considerado como última instância, segundo o diretor, Antonio Kiwal Parera.

Os moradores do município convivem desde janeiro com o racionamento. Metade da área urbana enfrenta um período de 13 horas sem água. Em Arroio Grande, onde as lavouras de soja e milho foram as mais afetadas, os açudes secaram. Embora o verão tenha acabado, o prognóstico é de que o outono seja de precipitações abaixo da média, segundo a Central de Meteorologia.