A empresa, especializada no fornecimento de grãos gourmet e especiais para o segmento de food service, encerrou 2010 com 3,6 mil clientes, dos quais 200 novos. As vendas de café gourmet do Café do Centro cresceram 35% em 2010, resultado acima da média de mercado, estimada entre 15% e 20%.
Apesar dos bons resultados, o diretor da empresa, Rafael Branco Peres, mostra-se preocupado com a alta de preço do produto. Ele diz que tem sido árdua a tarefa de explicar o aumento de preços aos clientes.
? Normalmente, janeiro é um mês tranquilo, mas este ano estamos envolvidos em negociações, por causa do aumento dos preços do café, principalmente grãos finos, que subiram cerca de 70% no ano passado. Estamos na ponta compradora da matéria-prima e nosso temor é uma freada no consumo e redução de margens ? informa.
Branco Peres reconhece, no entanto, as dificuldades pelas quais passam os produtores de café, que vêm amargando prejuízos nos últimos anos.
? O produtor precisa ser bem remunerado, o que não ocorre há muitos anos. Era necessária uma correção nos preços pagos ao cafeicultor ? afirma.
No sul de Minas, principal região produtora de café do país, o valor da saca de 60 quilos saltou cerca de 50% no passado, passando de R$ 272 em janeiro para R$ 408 em dezembro passado.
O diretor afirma que a região Sul do país foi um dos principais mercados para a empresa em 2010 e deve seguir como grande consumidor de gourmet em 2011. Ele comenta que um escritório foi aberto em Porto Alegre (RS), o que representou um grande passo na consolidação da empresa em um dos maiores mercados de cafés finos do país, em termos de potencial de consumo. Além disso, o Café do Centro passou a estar presente em importantes capitais, como Manaus e Recife. Segundo ele, em 2011 o Café do Centro deve investir na região Nordeste e reforçar presença no interior de São Paulo e no Paraná.