? É o velho sonho do setor privado e do governo da consolidação do etanol como commodity global, por meio da política comum de deixar o etanol circular livremente e de criar um mercado mundial como o do petróleo ? afirmou Jank.
O executivo avaliou a decisão como uma batalha vencida em uma guerra que já dura 30 anos e lembrou que a medida faz parte de uma lei de ampla de redução de subsídios, a qual deve passar pela Câmara dos Deputados e pela sanção, ou veto, do presidente Barack Obama.
? A batalha mais difícil é a do Senado, cuja representatividade dos estados agrícolas é maior que na Câmara. Se for aprovado também na Câmara, o presidente Obama não vetará ? observou Jank.
O executivo avaliou que as discussões na Câmara dos Estados Unidos devem ser feitas no segundo semestre e que uma aprovação final da retirada dos subsídios para os produtores de etanol só deve ser finalizada entre setembro e outubro. Jank admitiu que o Brasil não terá um excedente exportável de etanol para o mercado norte-americano ao menos até a próxima década.
? Claramente não teremos produto no curto prazo, pois a prioridade é abastecer o mercado doméstico e regular a oferta para a frota flex fuel ? falou Jank, se referindo às dificuldades de oferta de etanol para o mercado brasileiro, no atual cenário de estagnação da produção de cana e de aumento na demanda.
No entanto, segundo o presidente da Unica, caso a lei de redução de subsídios passe pela Câmara e seja sancionada pelo presidente Barack Obama, há uma sinalização de um novo ciclo de investimentos do setor privado brasileiro para atender a demanda dos Estados Unidos.
? O Brasil tem condições de se planejar para suprir essa possível demanda para exportação ao longo da década. Assim como nos planejamos no passado para exportar 70% do açúcar que produzimos ? completou.