Fórum debate papel do novo governo em relação à sustentabilidade e à preservação ambiental

Encontro contou com a participação de especialistas dos setores do meio ambiente e infraestruturaEspecialistas debateram nesta quarta, dia 10, em São Paulo, o papel do novo governo em relação à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente. Um dos assuntos abordados foi a revisão do código florestal. Na Câmara dos Deputados, há uma pressão da bancada ruralista para que o novo código seja votado ainda este ano. Porém, para o governo, é preciso evitar atropelos.

O fórum contou com a participação de especialistas  dos setores do meio ambiente e infraestrutura. Na pauta, as perspectivas para o Brasil na área ambiental nos próximos anos, levando em conta a mudança de governo. Ex-candidato ao Senado pelo Partido Verde, Ricardo Young acredita que o tema meio ambiente vai estar entre as prioridades do novo governo, mas confessa que está cauteloso.

? Há focos de resistência dentro do novo governo. É por isso a cautela ? diz o conselheiro do Instituto Ethos, Ricardo Young.

Na agenda do meio ambiente está a redução do desmatamento e a revisão do código florestal. O relatório, de autoria do deputado federal Aldo Rebelo, já foi aprovado em julho em Comissão Especial da Câmara e atende, principalmente, os interesses do setor agropecuário. A luta dos ruralistas é para que a proposta seja incluída na pauta do Plenário ainda em 2010. Porém, dentro do atual governo, no Ministério do Meio Ambiente, já existe um projeto que poderia substituir a proposta de Rebelo.

Durante o evento em São Paulo, Alessandro Teixeira, que participou da coordenação do Programa de Governo de Dilma Rousseff não quis se comprometer e nem dar detalhes do que seria esta proposta alternativa. Disse apenas que o tema é considerado importante pelo novo governo e que precisa ser avaliado com calma.

Para a especialista Maria Cecília Brito, que fez parte da equipe do Ministério do Meio Ambiente no governo Lula, sendo ou não aprovado este ano, o novo código florestal vai ter que fazer parte das prioridades da nova administração.

? Se o relatório do Aldo for aprovado, Dilma vai ter que, assim que assumir, avaliar os estragos que ele poderá causar. Se não for, ela vai ter que pensar numa alternativa ? diz Maria Cecília.