? É a confirmação do que denunciamos esta semana de que começaria nova onda de demissões e quebradeira de frigoríficos em Mato Grosso do Sul, devido à falta de oferta de boi gordo para abate ? afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Campo Grande e região, Rinaldo de Souza Salomão.
O sindicalista disse também que o frigorífico não deu nenhuma explicação para a demissão dos funcionários.
? Mas não temos dúvida de que isso ocorre devido ao reduzido número de cabeças abatidas no dia-a-dia ? comentou.
Ele informou que os frigoríficos no Estado estão operando muito abaixo de sua capacidade média.
? Alguns estabelecimentos, que têm capacidade para abate de até 800 cabeças/dia, estão abatendo 50 a 100 cabeças/dia. Eles não vão suportar muito tempo. Vão quebrar. Antes disso vão voltar a demitir funcionários.
Rinaldo Salomão voltou a apelar para o governador André Puccinelli para que intervenha no caso para aumentar a oferta de boi para abate. Se necessário for, Puccinelli poderia liberar a importação de gado do Paraguai, pelo menos nesse período crítico. O sindicalista pede o apoio também do governo federal nesse processo. Ele teceu duras críticas aos pecuaristas que estariam segurando o boi no pasto para forçar o aumento de preço da arroba.