A semeadura do trigo foi postergada em alguns municípios gaúchos por causa da falta de insumos provocada pela greve dos caminhoneiros, informou a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS) em boletim.
Alguns produtores paralisaram o cultivo ou o fizeram sem aplicação do adubo, disse a entidade. Em outras áreas, agricultores aproveitaram o período para preparar o terreno para o plantio. Com isso, a área plantada no estado não passa de 5% do total previsto, abaixo dos 12% esperados para esta época do ano.
A comercialização de sementes para a cultura não foi comprometida pela paralisação, mas ocorre em ritmo abaixo do ano passado. “A oferta neste ano é menor, em função da baixa produção e da qualidade obtida no ano anterior”, informou. Produtores estão comprando sementes de fora do estado, especialmente do Paraná.
A entidade disse também que a falta de abastecimento de diesel e de caminhões para transporte levou à interrupção da colheita de feijão de segunda safra na maioria das propriedades. Os trabalhos atingem 80% da área estimada e a produtividade média até o momento é de 1,6 toneladas por hectare.