Meirelles reuniu argumentos para reforçar a situação mais confortável do Brasil frente à crise, em comparação com outros países emergentes. Para uma platéia de lideranças da Confederação Nacional de Engenharia e Arquitetura, o presidente do BC explicou que um dos maiores impactos no Brasil pode estar sendo superado com o retorno das concessões de crédito ao ritmo normal.
Segundo dados do Banco Central, considerando uma base de 100 pontos, as condições de crédito tiveram queda para 92,7 em setembro, e ultrapassaram 101 pontos em janeiro. Conforme Meirelles, a partir de agora é importante reduzir o custo dos financiamentos.
? Com a normalização dessa oferta é importante que os preços do crédito caiam, as taxas de aplicação comecem a retornar a um patamar mais próximo do que se poderia esperar numa situação como essa ? afirmou.
As ações do governo para proteger a economia brasileira também foram detalhadas na palestra. Entre elas, as intervenções no mercado de câmbio, que desde o agravamento da crise até o fim de janeiro somaram US$ 61 bilhões. Apesar de reconhecer a gravidade da crise e das consequências para o país, a mensagem do presidente do Banco Central foi de serenidade.
? É importante que estejamos realistas, mas atitudes excessivamente defensivas podem ser perigosa para exacerbar um problema desnecessariamente.