O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) elevou nesta quinta, dia 27, sua estimativa de produção mundial de trigo na temporada 2015/2016, para 720 milhões de toneladas, 10 milhões de toneladas acima da projeção divulgada em julho.
Segundo a instituição, o aumento se deve à avaliação de que as safras da Europa e do Mar Negro devem ser maiores que era esperado no mês passado.
Em seu relatório mensal, o IGC aumentou também a sua projeção de consumo do cereal, para 716 milhões de toneladas, incremento de 9 milhões de toneladas ante o estimado para a temporada 2014/2015.
O consumo humano maior este ano está impulsionando a demanda, mas o uso do trigo em ração animal também apresentou aumento, segundo o IGC. A estimativa de consumo mundial de grãos também foi elevada para o recorde de 1,985 bilhão de toneladas, 7 milhões de toneladas acima do relatado em 2014/2015.
Em virtude das safras volumosas de trigo, o índice de preço do IGC para o cereal recuou 4% nesse mês.
– Os preços das exportações mundiais de trigo estão passando por uma pressão sazonal da colheita, enquanto as expectativas de uma safra global recorde também pesam – afirmou o IGC, no relatório.
A instituição elevou sua projeção de produção mundial de grãos em 2015/2016 em 18 milhões de toneladas, para 1,988 bilhão de toneladas, reflexo, principalmente, do aumento das projeções para as safras de trigo e cevada. O IGC citou ainda a perspectiva de uma safra maior do que a inicialmente esperada de milho e sorgo nos Estados Unidos. Entretanto, a produção ainda deve ser 1% menor que a da temporada passada.
As projeções de safra de milho na União Europeia e na Ucrânia, e de trigo no Canadá, foram reduzidas na comparação com o relatório de julho.
Enquanto isso, os estoques mundiais de grãos continuam crescendo. O IGC projeta que o volume armazenado nesta temporada irá alcançar o maior nível em 29 anos.
O IGC projetou ainda que 2,015 bilhões de toneladas de grãos foram produzidos no mundo na temporada 2014/2015, um aumento de 2 milhões de toneladas em relação à estimativa de julho.