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Índia negocia acordo tarifário com o Mercosul

Em encontro empresarial em São Paulo, indianos também defenderam cooperação maior com o Brasil no setor de biocombustíveisA Índia quer ampliar ainda este ano o acordo tarifário que facilita o comércio do país com o Mercosul. A ideia é apoiada por autoridades brasileiras, já que a Índia é um importante mercado consumidor de produtos do Brasil, inclusive do agronegócio. O tema foi discutido nesta quinta, dia 2, durante um encontro empresarial Brasil-Índia, em São Paulo, com a presença do ministro da Indústria e Comércio do país asiático. Os indianos defenderam também uma cooperação maior com o Brasil no setor de bioc

O aumento nas vendas de etanol brasileiro deve ser discutido também em uma reunião entre os governos marcada para o próximo dia 8. Nesta quinta, o ministro indiano da Indústria e Comércio, Jyotiraditya Scindia, que visita o Brasil pela primeira vez, evitou dar detalhes. Ele disse apenas que, ao invés de concorrer, os dois países precisam trabalhar juntos na área de biocombustíveis.

A soma do que Brasil e Índia compraram e venderam um ao outro chegou a US$ 5,6 bilhões no ano passado. O valor mais do que dobrou nos últimos cinco anos, o que só foi possível graças a um acordo de comércio entre Índia e Mercosul que começou a valer no início de 2009. Hoje, cerca de 450 produtos são beneficiados por um regime especial de impostos. O ministro indiano afirmou que o acordo deve ser ampliado ainda este ano.

Os esforços para ampliar as relações comerciais entre os dois países existem e parecem partir de ambos os lados. Mas há ainda um grande obstáculo a ser resolvido, principalmente quando se fala em enviar produtos do agronegócio brasileiro para a Índia. O desafio das barreiras tarifárias.

Açúcar, óleo de soja e, mais recentemente, etanol são os principais produtos agrícolas que o Brasil vende para a Índia. Trata-se de um grande mercado consumidor, com mais de um bilhão de pessoas. No ano passado, as exportações brasileiras ao país asiático foi equivalente a US$ 3,4 bilhões, sendo US$ 1,5 bilhão só em açúcar, algo considerado fora do comum, já que a Índia também é um grande produtor da commodity. É o maior concorrente do Brasil. Só comprou tudo isso porque teve quebra de safra. Já o etanol ainda representa pouco nessa pauta de exportações. Em 2009, embarcamos o equivalente a US$ 125 milhões, 3,6% do total exportado pelo Brasil à Índia.

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