De forma geral, as localidades que mostraram os melhores desempenhos nos cinco primeiros meses do ano foram os que têm presença mais acentuada de indústrias do setor de bens de capital, automobilística e aqueles produtores de produtos básicos agrícolas e minerais.
O grande destaque na pesquisa foi o Espírito Santo. Em comparação a maio do ano passado, a produção industrial capixaba evoluiu 20,3%, mantendo a seqüência de oito taxas positivas. De acordo com o economista André Macedo, da Coordenação de Indústria do IBGE, a maior parte dessa expansão é explicada pelo viés exportador do Estado, sustentado, principalmente, pelos setores extrativo e de metalurgia básica.
As localidades onde a indústria teve o crescimento menos expressivo foram Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No primeiro, foi registrada queda de 4,2% na produção industrial de abril para maio, e de 4,7% na comparação com igual mês do ano passado.
As paralisações registradas no setor de produtos químicos motivaram esse recuo, além do desempenho negativo de sete dos 14 ramos pesquisados, entre os quais fumo (-28,3%) e calçados e artigos de couro (-11,7%). Em Santa Catarina, a atividade da indústria caiu 3,1% frente ao mês anterior, revelando decréscimo de 5,7% em relação a maio de 2007.
Segundo o IBGE, esse foi o resultado mais baixo desde a taxa negativa de 10,1%, registrada em abril de 2006. Macedo esclareceu que a retração foi motivada, em especial, pelas férias coletivas em grandes empresas do setor de máquinas e equipamentos.
O estudo do IBGE mostrou um quadro positivo para as regiões Norte e Nordeste, registrado nos cinco primeiros meses de 2008. No caso do Amazonas, por exemplo, o crescimento é de 8,3%, acima do resultado da média nacional, muito impulsionado por setores como material eletrônico e equipamentos de comunicações, analisou o economista.
No caso do Nordeste, o destaque foi Pernambuco, que cresceu 8,4%, também superando a média nacional do acumulado do ano. Refino de petróleo e produção de álcool foram os setores que apresentaram a maior taxa positiva (118,2%) no Estado.