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Mantega reforça otimismo do governo sobre o crescimento do país

Ministro diz que estão equivocados aqueles que acreditam que Brasil entrou em recessãoO ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a dizer que o Brasil vai sair mais rápido da crise do que os países desenvolvidos. E, contrariando a maioria das estimativas, disse que a economia vai continuar crescendo este ano.

Na audiência pública no Senado, o ministro garantiu que, em 2010, o crescimento do produto interno bruto brasileiro vai voltar ao mesmo patamar de antes da crise. A retomada, segundo o ministro, será mais rápida do que nos países de economia avançada, que devem levar de dois a três anos para se recuperar da recessão.

De acordo com ele, o fato de o Brasil depender mais do mercado interno do que do externo, permite ao país sentir menos a queda do nível da atividade externa do que as nações que dependem dependentes de exportações. Lembrou que o país tem mercado interno forte, que depende da massa salarial, da renda e do poder de compra, que tem melhorado. Disse também que o país subiu do quarto para o segundo lugar no ranking dos países mais atrativos para se investir, atrás apenas da China.

? A pequena melhora externa já implica retomada do fluxo de capitais e captações externas (neste mês o Brasil voltou a lançar títulos no Exterior).

O ministro disse também que estão equivocados aqueles que dizem que o país teve recessão no ano passado. Segundo ele, houve, sim, uma forte desaceleração no quarto trimestre de 2008 e “fraco desempenho no primeiro trimestre deste ano”.

Segundo Mantega, 2009 será um ano de recessão forte, principalmente nas economias avançadas, mas no final do ano haverá algumas mudanças em alguns países.

? A boa notícia é que haverá recuperação em 2010 nos países avançados, embora modesta. A recuperação é mais rápida nos países emergentes e mais lenta nos avançados.

Mas nem tudo é positivo na economia, nem mesmo para o ministro. Guido Mantega criticou o spread bancário ? a diferença entre o que as instituições financeiras gastam e o que depois elas cobram dos clientes para conceder empréstimos. Para o ministro, as taxas extremamente elevadas são um problema crônico no Brasil, agravado pela crise.

Ele fez um apelo para que o Senado, a exemplo da Câmara, aprove o cadastro positivo. Com o projeto, que prevê vantagens para os bons pagadores, o governo espera forçar a redução das taxas para empresas e consumidores.

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