Marcha das Margaridas pede revisão dos índices de produtividade

Agricultoras promoveram manifestação nesta segunda em Brasília para apresentar reivindicações ao governoUm ano depois da marcha que reuniu 50 mil pessoas em Brasília em favor das mulheres do campo, as Margaridas voltaram à Capital federal. Nesta segunda, dia 11, elas participaram de uma sessão solene em homenagem a Margarida Alves, líder sindical assassinada há 25 anos, depois de sofrer ameaças por incentivar os trabalhadores rurais a lutar por seus direitos.

A pauta entregue ao governo federal no ano passado possui 107 itens, 13 definidos como prioritários, enquanto outros cinco já foram atendidos. O desafio, agora, é dar continuidade à negociação, priorizando outras 33 demandas apresentadas pelas mulheres.

Na marcha de 2007, elas garantiram o direito à aposentadoria aos 55 anos e um ncremento de aproximadamente R$ 56 milhões nos recursos para a organização produtiva.

Carmen Foro, da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, diz que agora as margaridas vão cobrar, entre outras ações, a agilidade  prometida pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, em julho, no licenciamento ambiental dos assentamentos de reforma agrária.

? O tema da terra por exemplo é uma das questões que nós tamos recolocando para olhar para a atual conjuntura, o limite da propriedade da terra, o índice de produtividade, o nosso assento em espaços políticos que nós consideramos importante para intervenção das mulheres. Não é possível entregar uma pauta e passar quatro anos para vir novamente. Nossa estratégia é voltar ao governo todos os anos.

Nesta terça-feira, as margaridas estarão no seminário “Mulher, Participação, Poder e Democracia”, no Centro de Estudo Sindical Rural, em Brasília. Durante a semana, elas devem se reunir também com o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel e com a ministra Nilcéia Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.