Até agora foram registrados 233 casos de ferrugem asiática nas lavouras de soja de Mato Grosso do Sul, de acordo com o Consórcio Nacional Anti-Ferrugem. O número é 56% menor do que o da última safra, quando foram confirmados 538 focos da doença no Estado. A redução é considerada uma conseqüência da conscientização do produtor rural, que seguiu à risca as orientações técnicas para evitar a ferrugem, como por exemplo, o período de vazio sanitário e o monitoramento das plantações.
? Esta vitória é dos produtores do Estado, que cumpriram o vazio sanitário no momento recomendado. E também das fiscalizações nas lavouras do Estado ? afirma o fiscal estadual da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Marise Garcia César.
Temida por provocar perda de produtividade, a ferrugem é uma das principais doenças que atacam as lavouras de soja. Por isso, o presidente da Associação dos Produtores de Sementes do Estado (Aprossul-MS), Carmélio Romano Roos, comemora a redução significativa na quantidade de casos, mas faz um alerta.
? Não pode haver descuido por parte do homem do campo, é preciso ficar atento e monitorar a lavoura.
Mas se por um lado o balanço é positivo em Mato Grosso do Sul, em escala nacional o resultado é preocupante. Em todo o país foram registrados mais de 2,8 mil focos da doença, um crescimento de mais de 30% em relação à última safra.
O Paraná lidera o ranking do número de ocorrências, até agora foram 1.530 contra 1.038 no ano passado. Outros Estados também registraram uma quantidade de casos maior do que na safra passada: Mato Grosso (138 nesta safra, 36 safra passada), Rio Grande do Sul (244 nesta safra, 137 safra passada), Goiás (251 nesta safra, 238 safra passada) e Bahia (272 nesta safra, 64 safra passada).