O encontro com o ministro Wagner Rossi foi rápido, mas suficiente para os representantes do setor produtivo e indústria cobrarem a liberação de recursos para a comercialização da safra passada de arroz. Com as cotações da saca de 60 quilos abaixo do preço mínimo, os agricultores enfrentam dificuldades para vender a produção.
O governo anunciou que os leilões do Prêmio para Escoamento de Produto estão mantidos. Mas a correção de 60% no valor do PEP, como pediam os produtores, não saiu. A área econômica liberou apenas um real de reajuste.
? Nós estamos autorizando hoje um leilão de PEP que será realizado na quarta-feira da próxima semana no volume de 50 mil toneladas de arroz para o RRS e de 7,5 mil toneladas para Santa Catarina. Com um prêmio, que nós fazemos os cálculos hoje, seriam em torno de R$ 4,82 ? declarou Rossi.
Os agricultores saíram satisfeitos do encontro, mas consideraram a medida paliativa.
? Nós teremos que fazer uma avaliação da demanda do mecanismo do leilão. Se a demanda for boa, tiver reflexo positivo no mercado, nós iremos pedir ao ministro que mantenha o segundo leilão ? disse o presidente da Federarroz, Renato Rocha.
Os Ministérios da Agricultura e Fazenda ainda estudam outras duas reivindicações do setor: o repasse de R$ 50 milhões para leilões do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural e R$ 100 milhões para Aquisições do Governo Federal.
? Estamos contra o relógio, porque o prazo 31 de janeiro é que encerra a safra 2009/2010. Então temos um pouco de esperança que o ministro possa conseguir um pouco de AGF ? afirmou o deputado federal (PP-RS) Luis Carlos Heinze.
Os produtores prometem voltar a Brasília no fim do mês para cobrar garantias de comercialização à safra que começa a ser colhida em fevereiro.