Ministros discutem nova versão do PAC e ajuda ao Haiti

Medida provisória pode liberar R$ 375 milhões de ajuda ao país caribenhoO governo federal quer finalizar até esta sexta, dia 22, uma medida provisória para liberar R$ 375 milhões de ajuda ao Haiti. O assunto foi discutido na primeira reunião ministerial do ano, que também detalhou o lançamento da nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2.

Os ministros e secretários chegaram cedo à Granja do Torto, em Brasília. O primeiro assunto da pauta foi a tragédia no Haiti. O Ministério da Defesa informou que vai enviar ao Senado um pedido para reforçar em até 1,3 mil militares a tropa que atua na missão de paz.

Do valor que poderá ser liberado pela MP, R$ 35 milhões serão para o Ministério das Relações Exteriores, R$ 135 milhões para a construção de unidades de pronto atendimento em saúde no país e R$ 205 milhões para financiar o trabalho das tropas brasileiras.

Na mesma medida provisória, vão ser incluídos recursos para atender os Estados afetados pelas chuvas, mas o valor ainda não foi definido. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, apresentou detalhes do PAC 2 que será lançado em março. A prioridade será integrar projetos em áreas como habitação, saneamento e acesso à água. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa também deve incentivar usinas termelétricas que utilizam etanol.

? Ele [o presidente] quer que o seu sucessor, aquele que venha assumir em 2011, assuma o governo com o orçamento garantido e projetos prontos para que o Brasil mantenha esse ciclo acelerado de investimentos públicos ? disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Na reunião, os ministros discutiram ainda as perspectivas econômicas para este ano.

? Cenário otimista, expectativa não só de crescimento, mas de geração de empregos, manutenção da capacidade de financiamento do Estado, oferta de crédito. E o presidente disse neste momento que vai se dedicar pessoalmente, assim como fez no ano passado, para manter o ritmo acelerado da economia em 2010 ? avaliou Alexandre Padilha.