São mais de sete mil pessoas trabalhando com uva no município, o que ajudou a mudar a realidade da população rural da localidade, que tem 33 mil habitantes. E, a conscientização dos produtores para colher somente com 13 ou 14 graus brix, o teor ideal de doçura, beneficiou o produto. Atualmente, a uva de Marialva segue para São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e outros Estados.
? Isso foi unanimidade entre os produtores, todos concordam que deve ser feito. Hoje nós realizamos esse trabalho de visita nas propriedades onde nós verificamos o grau de doçura da uva, e também nos barracões que comercializam a uva e os produtos que são encontrados fora dos padrões são recolhidos e essa fruta é destruída. Com isso a gente conseguiu recuperar a imagem da uva do município, e Marialva é hoje a capital da uva no Paraná ? diz o secretário de Agricultura de Marialva, Valdinei Cazelato.
A colheita começou este mês e segue até janeiro. A produção é maior nas variedades rubi, itália e benitaka. A uva mudou a vida do produtor Valdelino Almeida e de sua família. Antes, eles arrendavam um lote para produzir a fruta. Hoje estão com área própria e até aumentaram o parreiral. Ele está satisfeito com o preço, perto de R$ 3 o quilo, que remunera a qualidade.
? Está com as bagas grandes, com os cachos grandes, cachos cheios, e a coloração está boa, também. Então eu estou muito contente ? diz Almeida
O Paraná é o quarto produtor nacional de uvas de mesa. O município de Marialva responde por metade dessa produção. A expectativa é fechar a safra de verão com 20 mil toneladas colhidas. Nas áreas onde a uva já saiu, foi feita uma poda para estimular uma segunda carga no parreiral.
O município tem duas safras da fruta. Junto com a safrinha, que acontece de abril a julho, o município espera colher 50 mil toneladas e arrecadar mais de R$ 100 milhões em renda bruta.