Para atender este novo perfil do mercado, a maior escola de agronomia do país propõe mudanças. Depois de 80 anos com engenheiros agrônomos à frente da direção da Esalq, assume nesta gestão o primeiro engenheiro civil da história da instituição. A interdisciplinaridade no agronegócio foi a grande marca do discurso do novo diretor.
? Nós fazemos parte de um ambiente de natureza claramente interdisciplinar. Então, quem sabe essa formação um pouco distinta do dirigente possa ajudar na celeridade desta gestão. De forma prática, vamos envolver diferentes pessoas de diversas formações, voltadas para ensino, pesquisa e extensão, tudo o que é indispensável para tornar essa interdisciplinaridade algo palpável, algo pratico ? afirmou o novo diretor.
Diversas lideranças do agronegócio brasileiro e ex-ministros da agricultura já foram formados pela Esalq. Muitos estavam presentes na cerimônia de posse e reforçaram a preocupação em integrar diferentes áreas do conhecimento.
? O que nós hoje chamamos de um agronegócio sustentável é justamente esta multidisciplinaridade que envolve economia, biologia, nutrição, gestão ambiental e diversas profissões que se acoplam em torno do agronegócio, em torno da agricultura. Isso é muito interessante ? aponta Marcos Jank, diretor da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única).
A Esalq pertence à USP e completa este ano 110 de história. A escola já formou mais de 10 mil engenheiros agrônomos.