O consultor para Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luíz Antônio Fayet, propôs investimento em transporte. Para ele, faltam ferrovias, portos e rodovias em condições adequadas. A situação já foi responsável pelo cancelamento de exportações. As tarifas no setor ferroviário são outro empecilho, já que não são fixadas levando-se em conta os custos, tornando o valor mais caro. As ideias são compartilhadas pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira:
? O Brasil não possui um planejamento estruturado. O que encarece o produto agrícola no país são os problemas com a infraestrutura.
Para Paulo Rabello de Castro, da RC Consultores, além da estrutura, a grande exposição dos produtores a dívidas é outra barreira para o crescimento do agronegócio.
? O próximo governante deve encontrar uma maneira inteligente de tornar este endividamento algo possível de ser pago pelos trabalhadores do meio rural ? defende.
Mesmo com ajustes a serem feitos, os especialistas acreditam que o setor está no caminho certo. Com quatro dos cinco principais produtos de exportação no país, o agronegócio carrega as contas externas brasileiras.
O aumento da população mundial, da renda e a grande disponibilidade de terras para crescimento do setor tornam as expectativas positivas. Para que isso aconteça, Fayet dá a receita:
? O novo presidente deve trabalhar para não prejudicar a nossa galinha dos ovos de ouro: o agronegócio ? ensina o consultor.