No novo relatório, a ODDE divulgou dados atualizados sobre o Indicador Composto Avançado. Para os cálculos do índice, a organização leva em conta movimentos econômicos ligados ao PIB. O nível de 100 pontos é utilizado como referência para classificar o nível de atividade econômica. Os países que sofrerem queda e ficarem com índice abaixo de 100 recebem a classificação de desaceleração.
Dos 35 países analisados, o Brasil é o único que escapa da previsão de forte desaceleração econômica. Mesmo assim, a OCDE prevê que este cenário afete o país nos próximos seis meses. Nos estudos divulgados em dezembro e janeiro, as previsões eram de leve desaceleração. As perspectivas indicam um agravamento da situação econômica no Brasil, mas as previsões para o país não são tão negativas quanto para as demais economias analisadas.
O índice do Brasil caiu 1,8 ponto em dezembro em relação a novembro (100,6) e está em 98,8. No chamado Brics (os quatro maiores países emergentes), a Rússia aparece como a economia em deterioração mais acelerada – o índice russo caiu para 86,7 em dezembro. A perspectiva para a China também piorou, com o índice do país recuando para 87,6 em dezembro. E o indicador na Índia está agora em 94,4.
Para o Reino Unido, a OCDE aponta 95,6. Na zona do euro, a previsão é de 93,8. Para os Estados Unidos é um pouco mais baixo: 91,3. As previsões mais pessimistas são para a Alemanha, 90,9. Todos estes números abaixo de cem comprovam o cenário de recessão nos países da Europa e os Estados Unidos.