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Paraná estuda criação de câmara técnica para trigo

Objetivo é gerar mais oportunidades para a cadeia produtiva paranaense, líder em produção no BrasilA Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) estuda a criação de uma câmara técnica para o trigo, com o objetivo de discutir políticas para setor, que é líder nacional de produção e, atualmente, conta com preços pagos inferiores ao mínimo estipulado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). O pedido foi apresentado na última semana por representantes do segmento tritícola ao secretário de da Agricultura estadual, Norberto Ortigara.

Fonte: Divulgação/Pixabay

Ortigara recomendou que a criação da câmara técnica seja seguida de uma agenda anual para abordar temas que afetam a produção, como tecnologia, industrialização e comercialização. “A câmara focará as ações e iniciativas das várias entidades que compõem a cadeia produtiva do trigo para uma só direção”, explica o presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo no Paraná, Marcelo Vosnika.

Entre os temas abordados estarão sistemas de produção, comercialização, disponibilidade de sementes, armazenagem, políticas de importação e exportação, cultivares, zoneamento agrícola, seguros e políticas de custos. De acordo com Vosnika, o parque industrial de trigo no Paraná cresceu cerca de 30% nos últimos cinco anos em função da consolidação da produção e da qualidade do grão para panificação, o grande mercado para o trigo. O Estado é líder brasileiro na produção do cereal, com 3,7 milhões de toneladas do grão em 2014. Há três anos, ultrapassou São Paulo na moagem do grão, sendo líder na produção de farinha de trigo. 

Área será reduzida devido aos preços baixos

O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná estimou em seu último relatório, atualizado em abril, que o estado, após plantar a maior área em quase 10 anos e colher a safra recorde histórica em 2014, deve ter queda de 3% na semeadura, com 1,35 milhão de hectares. Os preços praticados nos dois primeiros meses de 2015 estão abaixo do mínimo pago pela Conab e ajudam a explicar a intenção de redução de área. O recuo das cotações foi de 25% entre março de 2014 e o mesmo mês de 2015. A cotação média do mês passado é de R$ 31,21 a saca de 60kg e o valor mínimo garantido pelo governo federal é de R$ 33,45

“Além disso, as cotações de milho decresceram menos, 4% apenas, tornando o plantio deste mais atrativo para diversas regiões que possuem aptidão climática para o plantio da segunda safra da cultura”, diz o Deral.

Produção nacional

A produção brasileira continua prejudicada pelas condições climáticas desfavoráveis. Geadas e chuvas na colheita tem reduzido as produtividades médias das últimas safras. O último recorde de produtividade média foi atingido em 2010, quando mais de 2.700 quilos por hectare foram registrados. Em 2014, o principal problema enfrentado foi a chuva na colheita, que comprometeu não só a produtividade, mas também a qualidade do cereal. As regiões de plantio mais tardio foram as principais afetadas, o que direcionou os prejuízos para o Rio Grande do Sul.

Apesar dos problemas, o Brasil colheu uma de suas maiores produções de trigo devido a grande área plantada. O Deral informa uma produção de 5,9 milhões de toneladas, a maior desde 2003. O Paraná retomou a liderança entre os estados produtores, seguido pelo Rio Grande do Sul. Juntos, os dois estados responderam por 90% da produção nacional. Para 2015, as intenções de plantio apontam uma redução de área geral no país, mas a produção ainda pode alcançar 6 milhões de toneladas.

*Edição de Paula Soprana

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