Nos 12 países pesquisados, 72% dos entrevistados com 65 anos ou mais disseram que não se sentem velhos e quase o mesmo número (67%) diz sentir-se ainda saudável.
No Brasil, 46% dos entrevistados não se preocupam em envelhecer. Além disso, 17% dos entrevistados encaram com bons olhos a terceira idade, o maior índice registrado no mundo todo. Porém, 64% dos brasileiros não se preparam para a velhice, em termos de reservar dinheiro ou de pensar em como ser assistido no caso de não poder cuidar de si próprio. Mais da metade (53%) nem sequer começou a pensar nela, enquanto a maioria deixa completamente de se preparar para as realidades do futuro. Apenas 7% reservaram algum dinheiro e 76% acreditam que a família estará lá para dividir o ônus de cuidar deles.
Um relatório feito pela London School of Economics (LSE) e divulgado nessa segunda, dia 20, revela que a “rede informal de assistência” (o padrão tradicional de famílias cuidando de seus idosos) está se desintegrando, enquanto o número de idosos carentes de assistência vem crescendo.
? É realmente animador ver que tantos brasileiros não se sentem velhos e acolhem bem a chegada da velhice, mas as pessoas não podem ficar despreocupadas com o envelhecimento ? disse Sneh Khemka, diretor-médico da Bupa International.
? O Brasil, assim como muitos países, vem enfrentando uma crise na assistência médica e social. Muitos pensam que seus parentes estarão prontos para cuidar deles, mas nossas estruturas familiares estão mudando e as pessoas precisam começar a planejar e conversar o quanto antes sobre a futura assistência que terão.
? Em todo o mundo, uma combinação de fatores sociais e econômicos, incluindo alterações demográficas, a redução do tamanho da família e o aumento dos índices de divórcio, migrações e mulheres que trabalham fora, está abalando a estrutura familiar que historicamente tem sido o principal suporte aos idosos dependentes. Com os sistemas públicos de assistência sob pressões financeiras, começa a surgir um desafio global das formas de amparar o idoso no futuro ? observou José Luiz Fernandez, pesquisador-chefe da London School of Economics.
Pesquisa Bupa Health Pulse 2010:
:: 12.262 entrevistados em 12 países – Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, México, Rússia, Espanha, EUA – entre 10 de junho e 14 de julho de 2010.
Dados Brasil – Pesquisa Bupa Health Pulse 2010:
:: 1005 brasileiros entrevistados.
:: Os brasileiros são os mais otimistas quanto à terceira idade (17% comparados ao índice global de 3%).
:: 95% dos brasileiros não se consideram velhos (dado de entrevistados acima 54 anos)
:: 46% dos entrevistados não se preocupam com o fato de envelhecer. Alem disso, 17% dos entrevistados encaram com bons olhos a terceira idade e querem ficar velhos, o maior índice registrado no mundo todo. Porém, 64% dos brasileiros não se preparam para a velhice em termos de reservar dinheiro ou de pensar em como ser assistido no caso de não poder cuidar de si próprio sozinho.
:: 53% nem sequer começou a pensar na velhice, enquanto a maioria deixa completamente de se preparar para as realidades do futuro. Apenas 7% reservaram algum dinheiro e 76% acreditam que a família estará lá para dividir o ônus de cuidar deles.
:: 96% acha que a assistência governamental ao idoso precisa melhorar.
:: 84% dizem que o padrão de assistência ao idoso no Brasil é pobre.
:: 39% acham que o Estado deve bancar a assistência ao idoso somente para essoas de baixa renda, enquanto apenas quatro em cada dez (42%) acreditam que o benefício deveria ser para todos.
:: Apenas 3% pensam que o governo cuidará deles em sua idade avançada
:: 35% planejam usar as suas economias/investimentos quando envelhecer.
:: 61% dos brasileiros temem perder sua memória e independência ao envelhecerem.
:: 32% acreditam que vão morrer de velhice.