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Plantio direto contribui para redução dos gases de efeito estufa, diz Maurício Carvalho

Estão previstos investimentos de R$ 2 bilhões na adoção de práticas sustentáveis no campoO plantio direto na palha é uma das alternativas mais eficientes para o desenvolvimento da agricultura sustentável, pois permite não apenas melhorar a produtividade das culturas, incorporando matéria orgânica, mas principalmente reduzir a erosão do solo e a emissão dos gases de efeito estufa. A afirmação foi feita nesta terça, dia 9, pelo chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do Ministério da Agricultura, Maurício Carvalho, durante a 12ª reunião da Câmara Temática de Agricultura Suste

Um dos principais pontos de discussão da reunião foi a agenda do governo federal para a redução dos gases de efeito estufa, como o recém-lançado Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Estão previstos investimentos de R$ 2 bilhões na adoção de práticas sustentáveis no campo, como o plantio direto, que dispensa o revolvimento do solo com grades e arados, com a semeadura direta na palha da cultura da safra anterior. Esse procedimento preserva os nutrientes do solo, aumentando a produtividade da lavoura. Com o ABC, o Ministério da Agricultura pretende ampliar, em dez anos, a área atual com uso da técnica em oito milhões de hectares, passando de 25 milhões para 33 milhões de hectares. Esse acréscimo vai permitir, nesse período, a redução da emissão de 16 a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

? Queremos mostrar que o governo está estabelecendo instrumentos para a adoção desses sistemas sustentáveis de agricultura, como o plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária e a rotação de culturas, parte das metas estabelecidas pelo ABC ? disse Carvalho.

Ele mostra que o programa é uma proposta clara colocada para a sociedade e que agora precisa de divulgação e de capacitação de técnicos, o que vai melhorar a produtividade e a sustentabilidade do sistema agrícola como um todo.

O representante do Ministério na Câmara também destacou que o governo está trabalhando com algumas metas de fomento à agricultura irrigada, como a capacitação técnica de produtores e a criação de linhas de crédito específicas. Para ele, a prioridade é a harmonização das competências institucionais entre os órgãos ligados ao tema, que hoje são principalmente os Ministérios da Agricultura e da Integração Nacional e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Atualmente, as ações do Ministério relacionadas à agricultura irrigada estão focadas principalmente na concessão de crédito aos produtores que utilizam esse tipo de prática.

? Precisamos trabalhar de forma harmônica com todos os setores do governo, já que cada um tem uma responsabilidade diferente ? finaliza Maurício Carvalho.

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