O plantio do trigo no Rio Grande do Sul avançou 10 pontos percentuais em uma semana, informa a Emater-RS. De acordo com a entidade, o desempenho do estado foi impulsionado pelos índices regionais de Ijuí e Santa Rosa, que atingiram 72% e 88% da estimativa inicial, respectivamente. Os municípios representam 30% e 27% da área estadual da cultura. Atualmente, 55% da área destinada para esta safra de trigo foi semeada, estando 97% em germinação e desenvolvimento vegetativo e 3% em floração.
A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS) estimava uma área de aproximadamente 700 mil hectares com trigo, o que significa manutenção de área na safra do cereal. O valor foi confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou área de 705,7 mil hectares no estado gaúcho nesta safra.
Segundo o presidente da entidade, Paulo Pires, a cultura é fundamental para o sistema de produção e para a economia do estado e renda dos produtores. Mas, com um quadro de custo alto, aproximadamente R$ 2,1 mil só de desembolso por hectare, muitas vezes o produtor fica com receio de investir.
Na visão de Pires, dois tipos de agricultores plantaram trigo nesta temporada: o que vê o cereal como fundamental no seu sistema e planta, todo ano, independentemente das condições de mercado; e outro que, com boa tecnologia, espera produtividade de até 80 sacas por hectare, vislumbrando resultado econômico.
Para o presidente da FecoAgro-RS, mesmo com culturas como canola e aveia branca, nenhuma substitui o trigo em termos de volume e expressão econômica. “Continuamos achando que o trigo é fundamental e propomos este desafio aos obtentores: encontrem cultivares que com o mesmo pacote tecnológico de hoje possamos ter maior produção”, destaca.