A Polícia Civil paraense confirmou a prisão de um homem na manhã desta terça, dia 26, mas não divulgou o nome do suspeito, e descartou que o crime tenha sido provocado por conflitos agrários. O delegado responsável pelas investigações acredita que a morte foi devido a uma rixa entre os dois trabalhadores rurais.
As lideranças da CPT no Estado também não sabem ainda informar se a morte de Francisco Soares Oliveira foi provocada por conflitos agrários ou crime passional. Segundo o advogado da comissão em Marabá (PA), João Batista, ainda é cedo para confiar na versão de que o crime tenha sido provocado por desentendimentos pessoais entre o suspeito, preso na manhã desta terça, e a vítima.
? A polícia no Pará tem um problema, ela costuma concluir antes de investigar. Então, nós achamos que é cedo para dizer que sim e cedo para dizer que não. Preferimos que a polícia investigue e descubra a autoria e informe se o crime foi provocado por conflitos agrários ? disse o advogado.
Apesar da desconfiança, o representante da CPT declarou não ter ainda elementos suficientes para saber “com segurança” o motivo do crime. João Batista disse que o município onde a morte aconteceu fica distante de Marabá (PA) e de Belém (PA), o que dificulta o trabalho de apuração feito pela Comissão Pastoral da Terra.