O presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, informa que os produtores gaúchos mudaram de variedade para atender o pedido da indústria. No entanto, ele avalia que o mercado não acompanhou a mudança do produtor.
– Nós cumprimos a nossa parte, mas ainda encontramos um grande gargalo que é o problema de mercado. Com tudo isso que fizemos para termos preços remuneradores, pelo sacrifício que foi feito, chegamos na hora da comercialização e nos deparamos com o mercado totalmente paralisado – disse Jardim.
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, acredita que os leilões para ajudar na comercialização do trigo devem ser retomados. Ele espera que o governo atenda reivindicações feitas pela cadeia produtiva antes da próxima safra.
– São uma série de pontos fundamentais que, a nosso juízo, se implantados antes do plantio da próxima safra, podemos ter a chance de manter a área ou até aumentá-la. O principal é dar garantia ao produtor para que quando ele colha, ele saiba que terá renda – avalia Pinto.
Entre os pontos destacados nas reivindicações feitas ao Governo estão temas como o preço mínimo de garantia e instrumentos de comercialização, qualidade e padrão oficial de classificação do trigo e tributação.