O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) para o trigo registra queda de 8,3% no comparativo entre os dias 25 de agosto e setembro – o preço médio passou de R$ 645,34 para R$ 591,48.
O recuo é reflexo do avanço da colheita do cereal e da demanda enfraquecida, já que os preços do produto importado estão mais competitivos do que os valores internos. Mesmo assim, as cotações dos derivados seguem firmes.
Segundo pesquisadores do Cepea, as recentes valorizações do milho elevaram a demanda por farelo de trigo, o que reduziu a oferta do derivado e impulsionou os preços. Além disso, as condições ruins das pastagens, devido à falta de chuvas, têm aumentado a procura por farelo para a produção de ração.
No mercado de farinhas, moinhos não aumentaram o processamento, apesar das desvalorizações do grão, controlando a oferta do derivado no mercado. Nesse cenário, as cotações da maioria das farinhas (para massa em geral, bolacha doce, massas frescas, bolacha salgada, pré-mistura e integral) subiram ou mantiveram-se estáveis nos últimos dias.