As estudantes do Instituto Federal de Sergipe, campus Aracaju, explicam que o capim-elefante é uma gramínea que se adapta ao clima do semiárido e às áreas degradadas, sem uso de corretivos e de agrotóxicos. Segundo Bruna Silva, o objetivo da cooperativa é promover o desenvolvimento econômico da região de Poço Redondo, a 190 km de Aracaju.
? A cooperativa pode melhorar a renda e as condições sociais dos agricultores, com sustentabilidade ambiental, já que o capim consome grande quantidade de gás carbônico durante o cultivo ? destaca.
A expectativa dos 40 cooperados é alcançar rendimento de até R$ 2,4 mil reais por mês com a produção de 200 fardos de 12 kg de capim por família e venda para as usinas hidrelétricas da região.
? Além de gerar energia menos poluente do que o material convencional (madeira e bagaço de cana), o capim-elefante pode ser utilizado na alimentação animal ? explica Samily Santos.
Os produtores da região foram ouvidos pelas jovens nas pesquisas de campo para a elaboração da proposta de cooperativa.
? Os agricultores do município de Poço Redondo ficaram animados com a ideia pela possibilidade aumentar o ganho mensal, que atualmente é menor do que um salário mínimo ? afirma Samilly.
Incentivo governamental
? Espero que os frutos do prêmio sejam produtivos e que a gente possa preparar jovens para um Brasil que cresce cada vez mais no agronegócio ? afirma o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Marcio Portocarrero, que participou da cerimônia de entrega dos troféus do Prêmio Técnico Empreendedor.
Para ele, o país que se consolida como maior produtor agrícola do mundo necessita de oportunidades de negócios e geração de renda para pequenos e médios produtores. Portocarrero acredita que o papel do governo, em prêmios como esse, é valorizar as ideias dos mais jovens.