Pedro Antonio apontou para a tendência de aumento de consumo de alimentos em razão do desenvolvimento econômico de países emergentes. Como exemplo, ele disse que populações da China e Índia estão aumentando seu consumo de carne. Para ele, é necessário manter o aumento da produção sem descuidar da preservação do meio ambiente, o que, em sua opinião, o Brasil já está fazendo.
O presidente da Embrapa informou que a pecuária utiliza um hectare para cada animal, enquanto na década de 60 eram necessários 2,5 hectares. Em relação à agricultura, destacou, se fossem utilizadas as mesmas técnicas da década de 70, seriam necessárias áreas de terra cinco vezes maiores para o atual volume de produção.
Ele reconheceu a diversidade de opiniões em torno do Código Florestal, dada a complexidade do tema, que envolve de questões políticas a científicas. Ele sugeriu que a alteração do novo Código leve em conta a fragilidade ambiental e as especificidades locais.
? É difícil generalizar para todo o país. É importante que se tenha essa noção de que o código deve funcionar na prática ? afirmou.
A proposta de novo Código Florestal tramita na Câmara dos Deputados. O presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), ressaltou a importância de antecipar a discussão da matéria de forma conjunta com a CRA. Na Câmara dos Deputados, disse, há confronto entre as comissões de meio ambiente e de agricultura.
? Quero aqui reafirmar a minha plena convicção de que o Congresso, de forma especial o Senado, quando a proposta de Código Florestal chegar aqui, terá capacidade de produzir uma legislação moderna, eficiente, que cria as condições para regularizar a situação dos nossos produtores rurais, que valorize a atividade agrícola, a produção de alimentos, a produção de agroenergia, mas que o faça de forma sustentável. Temos conhecimento técnico e científico para isso ? disse Rollemberg, ao acrescentar a importância de iniciar o debate com representantes da Ciência. resentantes da Ciência.