O comunicado foi divulgado depois que o Equador ratificou a decisão de obrigar a Odebrecht a abandonar o país por supostos descumprimentos na execução das obras da usina hidrelétrica San Francisco, construída pela empresa brasileira e inaugurada no final de 2007, mas fora de operação desde junho.
Ao citar a decisão, o comunicado disse que o sucedido nos últimos dias “contrasta com as expectativas de uma solução favorável quando do recente encontro” entre Lula e o presidente do Equador, Rafael Correa, em Manaus.
O Ministério das Relações Exteriores acrescentou que Lula ordenou “decidiu postergar sine die a ida ao Equador de uma missão chefiada pelo ministro dos Transportes, programada para o próximo dia 15”. A missão iria “discutir temas ligados ao apoio brasileiro a obras de infra-estrutura viária” no país.
O ministro de Coordenação de Setores Estratégicos do Equador, Galo Borja, afirmou ontem que a Odebrecht “não pode continuar” no país e disse que o governo fará um “planejamento geral” para substituí-la nas obras que tinha encomendado à construtora brasileira. Segundo Borja, em alguns desses projetos, entre os quais citou o da hidrelétrica Toachi-Pilatón, a Odebrecht “recebeu (pagamentos) antecipadamente e não fez nada”.
Correa expulsou a Odebrecht do Equador em 23 de setembro, depois da constatação de danos na estrutura da hidrelétrica. A empresa brasileira se comprometeu a reparar os danos e a cumprir todas as exigências do Equador, onde também é responsável por outros projetos.