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Produção de mandioca na Amazônia deve considerar riscos ambientais

Opinião é do consultor de emissões e tecnologia da Unica, Alfred SzwarcUm estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre a possibilidade de produção na Amazônia de etanol a partir da mandioca açucarada deve avaliar a viabilidade econômica da produção e os riscos agrícolas e ambientais da cultura energética da mandioca naquela região. A opinião é do consultor de emissões e tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Alfred Szwarc.

A mandioca, rica em glicose e sacarose, vem sendo pesquisada como matéria-prima para o etanol pelo pesquisador da Embrapa Luiz Joaquim Castelo Branco Carvalho. O intuito é facilitar a produção e o consumo local do etanol na Amazônia, principalmente no Pará, onde há uma grande concentração da planta.

Para Szwarc, a pesquisa é interessante e tem mérito na medida em que busca alternativas para a agricultura familiar, mas deve ser cautelosa para não repetir erros de projetos semelhantes e que foram mal-sucedidos na década de 1980. O executivo da Unica se referiu aos casos de Curvelo (MG) e Sinop (MT), onde se pretendia plantar mandioca para a geração de etanol, porém em condições agrícolas e econômicas desfavoráveis, agravadas pela ocorrência de pestes que acabaram por inviabilizar os projetos.

A pesquisa, que prevê a produção em microdestilarias, ainda está em fase de testes.

? É fundamental que a tecnologia empregada possibilite que a produção do etanol apresente qualidade compatível com as especificações da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e constância nessa qualidade, para que não ocorram problemas com os motores ? completou Szwarc, apontando esta falha como uma das que ocorreram na década de 1980, quando se tentou produzir etanol de mandioca comercialmente.

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