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Produtores do Paraná administram propriedades rurais como empresas

Programa Empreendedor Rural já capacitou mais de 17 mil pessoas no EstadoA paranaense Maristela Rosin Pancera enxergou no Programa Empreendedor Rural uma possibilidade de mudar a sua realidade. Ela entendeu o mecanismo do empreendedorismo e como boas ideias podem proporcionar uma guinada na vida profissional. Depois de participar do programa, em outubro de 2008, deixou o trabalho de lavoura e de produção de leite com o marido para se dedicar a um sonho: o de trabalhar com a panificação.

Maristela começou a fazer doces e salgados em casa e a vender para os vizinhos de sua propriedade, no sudoeste do Paraná. Não nega que o começo foi difícil, mas a perseverança e a dedicação não a deixaram desistir. Em pouco tempo, a divulgação boca a boca dos produtos de Maristela chegou a cidades vizinhas e hoje ela já planeja passar da produção caseira para industrial, adquirindo máquinas e equipamentos profissionais para dar conta da produção cada vez maior.

Atualmente, ela produz cerca de 50 unidades diárias de cada produto, como pães, sacos de biscoitos e bolos. Toda a produção é feita dentro de casa, com a ajuda da cunhada, Lucilda Pancera, além do irmão e do marido, que após o trabalho na lavoura, ainda dão uma ajuda na produção caseira durante a noite. Tudo para atender a clientela, que aumenta a cada dia.

? O que me ajudou a desenvolver a idéia de trabalhar com isso e não desistir foi o curso Empreendedor Rural. Eu aprendi a gerenciar o negócio e não apenas fazer a parte operacional. E para mim, esse aprendizado foi fundamental ? conta.

O programa já capacitou mais de 17 mil produtores paranaenses. Em apenas quatro anos, o técnico em agropecuária Júlio Cesar Faria deu um salto na produção de mudas que mantém em sua propriedade, em Nova Fátima, norte do Paraná. Pulou de 60 mil mudas produzidas em 2004, para a impressionante marca de um milhão de mudas em 2009. O avanço na produção aconteceu depois de muito planejamento e após o agricultor ingressar no Programa, em 2003. Foi a partir daí que ele começou a investir cada vez mais em tecnologia, planejamento e mão de obra no Viveiro Esplanada dos Palmitos Jussara.

Apesar do nome sugestivo, a propriedade não produz apenas mudas de palmito, mas investe cada vez mais em mudas ornamentais e de reflorestamento, além de mudas econômicas, como café e eucalipto. São 40 espécies de mudas nativas e 25 de mata ciliar, além de quatro tipos de palmeiras e 13 variedades de café, uma produção que já está extrapolando os limites do Paraná, Estado que mais consome a produção, e chegando ao sul de São Paulo, que recentemente começou a encomendar mudas da propriedade.

O projeto começou em 2003, quando Faria decidiu ingressar na primeira turma do Empreendedor Rural para compreender e avaliar as reais possibilidades de sua propriedade.
? Eu sabia plantar, mas senti necessidade de entender melhor o meu negócio, de fazer uma análise do mercado e saber para onde eu poderia crescer ? conta o técnico.
Nesse sentido, ele revela, o programa atendeu inteiramente a demanda do agricultor.
? Fazer a muda não é difícil. O complicado é saber as etapas de comercialização e como atender corretamente o cliente ? explica.

Ele começou trabalhando praticamente sozinho, com a ajuda da família. Hoje já são quatro funcionários fixos e 10 pessoas que realizam trabalhos temporários.
? Além de conseguir me planejar, depois do programa senti que estou ajudando também a minha região. Gerando empregos diretos e indiretos ? conta.

O viveiro de 12 mil metros quadrados fica no Sítio Vitória, no Bairro dos Messias, em Nova Fátima. Quando começou a produzir as mudas de forma sistematizada, Faria não imaginava que pudesse chegar tão longe e em tão pouco tempo aumentar significativamente a produção naquele espaço.
? Isso só foi possível com muito planejamento e trabalho.

Faria não pretende se acomodar e tem novos projetos de modernização da propriedade. Já instalou estufas, passou a trabalhar com irrigação elétrica e mecanizou boa parte da produção. Ainda em janeiro de 2010, ele passa a trabalhar também com mudas clonais “que garantem 95% de uniformidade”, conforme ensina o técnico. Expandir os limites da venda das mudas também está nos planos do produtor, que aposta na profissionalização para expandir o empreendimento.

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