A iniciativa conta com a participação de pesquisadores das Universidades de Stanford e de Rutegers e do Instituto Internacional de Pesquisas em Políticas Alimentares (IFPRI), dos Estados Unidos, e da Academia Chinesa. Pela Embrapa, participam pesquisadores da Secretaria de Gestão Estratégica (SGE), da Secretaria de Cooperação Internacional, do Centro de Estudos Estratégicos e da Embrapa Agroenergia. Eles estão reunidos desde esta segunda, dia 2, para traçar planos na implementação do projeto no Brasil.
O modelo que dever ser aplicado no Brasil tem como objetivo responder ou pelo menos abrir discussões para a segurança alimentar das populações que estão em área de cultivo energético. Os pesquisadores querem entender se o aumento da demanda por biocombustíveis afeta o preço dos alimentos e quais as implicações do uso da terra e da água na produção dos biocombustíveis para a segurança alimentar das famílias mais pobres. As respostas a essas perguntas poderão direcionar e orientar as políticas públicas nos setores econômicos, sociais e ambientais dos programas de biocombustíveis.
De acordo com o coordenador de Avaliação de Impactos da Secretaria de Gestão Estratégica da Embrapa, Antônio Flávio, o modelo implantado no país será uma adaptação ao projeto existente na China, porém a partir da realidade brasileira.
? O estudo vai avaliar a distribuição dos impactos [produção de biocombustíveis]. A adaptação desse modelo a partir da experiência de outros países será importante para levantar novos estudos e pensar em políticas públicas que ajudem a encontrar soluções de interesse social ? destacou.
O pesquisador disse ainda que a China, além de detentora do modelo, já possui uma análise de resultados satisfatórios. Há aproximadamente 15 anos o país investe nesse tipo de estudo.
A pesquisadora da Secretaria de Gestão Estratégica Danielle Torres, que já participou da primeira fase do treinamento na Universidade de Stanford, afirma que as parcerias serão fundamentais para avaliar os impactos e as soluções que possam abranger a produção de biocombustíveis e a segurança alimentar.
? As parcerias nessa fase inicial são fundamentais. Quanto mais informações tivermos sobre a produção agrícola brasileira, mais produtivos serão nossos encontros na Academia Chinesa. Faremos ao longo do processo simulações e apoio das unidades regionais que devem consolidar os dados da própria Embrapa ? afirmou.
Além da parceria Brasil, Estados Unidos e China, o projeto tem a participação da Índia, de Moçambique e Senegal.