Uma reunião realizada com participação da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Banco do Brasil e Sicredi definiu detalhes operacionais das medidas de ajuda a produtores de trigo. O pacote de medidas foi anunciado pelo governo federal.
Na oportunidade foi confirmada a liberação de mais R$ 100 milhões para a realização de leilões PEP (Prêmio por Escoamento do Produto) e PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), que serão realizados em duas etapas: uma dia 24 de fevereiro e a outra depois do carnaval, data a ser definida.
Nesta primeira etapa, pela modalidade PEP serão disponibilizadas 30 mil toneladas no Rio Grande do Sul e 50 mil no Paraná. Já na categoria PEPRO poderão ser adquiridas 120 mil no Rio Grande do Sul e 50 mil toneladas no Paraná.
Na ocasião, as empresas cerealistas e cooperativas ressaltaram que o valor do Prêmio não está atrativo, em função do alto custo do frete. Segundo as entidades, o ideal seria o valor de R$ 266 por tonelada do cereal colocado no Porto para exportação.
De acordo com o deputado Covatti Filho o aumento do Prêmio amenizaria em partes as dificuldades causadas pelo alto custo do frete, falta de interesse de compradores em adquirir novos lotes e pelo grande volume de cereais importados. O assunto será tratado, ainda nesta semana, em audiência do parlamentar com a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.
Custeio da safra
Devido as dificuldades enfrentadas pelo produtor rural, em função do preço de comercialização do trigo estar bem abaixo do preço mínimo, também foi solicitado apoio para a quitação das parcelas do custeio da última safra.
O Banco do Brasil confirmou que as agência do interior já estão aptas a ceder crédito para a quitação de dívidas de custeio. Os produtores rurais, empresas e indústrias de trigo poderão buscar o apoio via empréstimos do Governo Federal, FEPM e FGPP, com prazo de 180 dias para pagamento e taxa de juro de 9,5% ao ano.
Já o Sicredi comunicou que as suas agências vão receber os pedidos de renegociação. Produtores enquadrado na agricultura familiar/Pronaf poderão alongar as parcelas por até 90 dias e os médios e demais produtores por até 60 dias.
De acordo com o deputado Covatti Filho muitas medidas de apoio ao produtor rural anunciadas em Brasília encontram dificuldade de operacionalização na base por falta de informações. “A reunião com as partes interessadas foi extremamente necessária para ajustar os detalhes e agilizar ao processo junto às instituições bancárias”.